Pérsia

Os Persas viviam nas terras onde hoje se encontra o Irã,a cerca de 2000 a.C, com comunidades de expatriados que habitam os países vizinhos. As suas terras possuíam um solo bem pobre de fertilidade, o que dificultou a agricultura no território, fazendo com que priorizassem o comércio e a cobrança de impostos. Mas apesar disso a Pérsia ficou conhecido como a primeira superpotência na Antiguidade. 

Durante o século VIII a.C., os povos nômades da região, já haviam se organizado em pequenos estados monárquicos que disputavam entre si o controle do planalto, sendo os maiores o Reino dos Persas e o Reino dos Medos, que se situavam ao leste da Mesopotâmia. 

A hegemonia dos Medos durou até o século VI a.C., quando começou a enfraquecer devido a disputas militares e da ascensão dos persas. Assim, em 550 a.C., Ciro I (rei dos persas), conquistou o reino dos Medos, o que levou a unificação política da região, dando origem ao Império Persa, que ficou conhecido pelo intenso expansionismo.

Império Persa

O Império começou com Ciro, o Grande (560-530 a.C.), que tornou-se rei dos medos e persas. Ele conquistou a Babilônia e seu império ia desde o Helesponto até as fronteiras da Índia.

Ciro, O Grande

Ciro não proibia as crenças nativas dos povos conquistados. Concedia alguma autonomia para as classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos.

 Sucedido por seu filho Cambises, a Pérsia se expandiu até o Egito, conquistando-o após a batalha de pelusa, em 525 a.C..

O auge do Império Persa veio com o Dario I , responsável por controlar o grande território persa após diversas revoltas em seus domínios e de ainda manter um intenso avanço expansionista, tendo conquistado as regiões norte da Índia e da Trácia.

Dario I dividiu todo o império em 20 satrapias, que eram províncias governadas por um sátrapa, que nem sempre tinha uma origem persa. Para ter uma maior administração do território, Dario I construiu grandes estradas que eram interligadas, ligando as capitais do Império. 

Para evitar a corrupção, o Rei possuía uma rede de espiões que foi chamada de "os olhos e ouvidos do rei" que o informavam sobre as reclamações e pedidos que tinham os governados e governadores. Sendo o principal sistema de correio que se conhece.

 Também foi padronizada  a moeda, o dárico de ouro, que contribuiu para a prosperidade do império, que passou a exercer mais atividades comerciais, nascendo uma classe social de ricos comerciantes, por consequência, aumentando o artesanato no império também.

Creseida de ouro cunhada por Creso, rei lídio, por volta de 561 a 546 a.C.. Fonte: CNGCoins 

Contudo, Dário I deu início às guerra médicas, após a tentativa do domínio das cidade-estados da Jônia. Em sequência, Xerxes I, filho de Dário, fracassou ao tentar conquistar a Grécia. Com a sua derrota pelos gregos, o império persa se viu enfraquecido e aos poucos foi sendo desmantelado, até que então, foi dominado pelos macedônios em 330 a.C., por Alexandre Magno.

Cultura

Zoroastrismo é o nome da antiga religião desse povo, que teve origem na fusão das crenças populares dos povos persas, feita pelo seu fundador, o profeta Zoroastro ou Zaratustra - daí a proveniência do nome.

Trata-se de uma religião dualista, ou seja, que coloca sua confiança no princípio do bem versus mal (Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal). Assim como as demais religiões da antiguidade oriental, o zoroastrismo era teocrático, ou seja, a religião exercia um papel político nas mãos do rei.

Eles também eram conhecidos por seus artesanatos e principalmente os famosos tapetes Persas.

Tapete persa do século 16, exposto no Museu de Arte Metropolitano de Nova Iorque (foto: reprodução/The Met Museum) 

Vídeo Aula de Apoio

Sugestão 

Filme 300: A Ascensão do Império

O filme conta a história da Batalha de Termópilas, onde 300 Espartanos, sob o comando do Rei Leônidas e com a ajuda de alguns poucos homens mandados por cidades estados gregas aliadas, pararam a invasão da Pérsia, liderada pelo Rei Xerxes e seus 300 mil soldados. Apesar da temática ser mais focada nos Espartanos pode ser utilizado como objeto de estudo para os Persas, umas vez que se trata do fim do seu Império.

Fonte: https://i.pinimg.com/originals/30/ce/d0/30ced04beabd31d9c3d3de04b936e06d.jpg